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Farmacêutico acusado de mandar matar advogado consegue decisão para deixar a cadeia
Robson Barbosa da Costa conseguiu uma decisão para responder ao processo pela morte do advogado Danilo Sandes em prisão domiciliar até que o estado providencie uma cela especial. Ele é suspeito de ser o mandante do assassinato após desavença na disputa por uma herança de R$ 7 milhões. A decisão do ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi publicada nesta sexta-feira (16).
O crime aconteceu em Araguaína, norte do Tocantins, no final de julho de 2017. A polícia indiciou o farmacêutico Robson Barbosa, um policial militar e um ex-PM pelo crime. A Justiça decidiu levá-los a júri popular ainda em março de 2018, mas o julgamento ainda não foi marcado.

Os investigadores acreditam que Robson tenha decidido matar Danilo após ele se recusar a participar de uma fraude. Isso porque o advogado representava o farmacêutico na disputa por uma herança de R$ 7 milhões e não quis ajudar a esconder parte do dinheiro dos outros herdeiros.
A decisão do ministro de permitir que o farmacêutico responda em prisão domiciliar ocorreu após o advogado de Robson, Wendel Araújo, afirmar que o cliente deveria estar em uma sela separada por ter curso superior e pedir um habeas corpus.
Como a Casa de Prisão Provisória de Araguaína, onde Robson está preso, não possui uma cela especial, o ministro, apesar de negar o pedido de liberdade, decidiu colocá-lo em prisão domiciliar até “o surgimento de local adequado para prisão especial, ou cela distinta dos presos comuns, no próprio estabelecimento prisional ou em outro equivalente”.
Ainda não há uma data de quando o acusado deixará a prisão.
Entenda
O caso aconteceu em Araguaína, norte do Tocantins, no final de julho do ano passado. Os investigadores acreditam que Robson tenha decidido matar Danilo após ele se recusar a participar de uma fraude. Danilo representava Robson na disputa por uma herança de R$ 7 milhões e não quis ajudar o farmacêutico a esconder parte do dinheiro dos outros herdeiros.
A fraude teria beneficiado Robson, que ficaria com uma parte maior do patrimônio sem que os demais herdeiros ficassem sabendo. O advogado era responsável por fazer o inventário para toda a família, mas após a discussão deixou de representar Robson. Ao todo, seis pessoas disputam a herança.
Danilo desapareceu na manhã do dia 25 de julho, quando foi visto pela última vez em um supermercado. O advogado foi procurado durante quatro dias. O corpo dele foi encontrado no dia 29 às margens da TO-222, em decomposição.
Ele estava apenas de cueca, com marcas de lesões, sangue e fogo, a 18 km de Araguaína, perto de entroncamento com Babaçulândia. A perícia recolheu um par de sapatos encontrado no local. O delegado responsável pela investigação, Rerisson Macedo, disse que ele foi morto com dois disparos de arma de fogo.
